Enquanto umas ganham brinquedos,
Riem com diversão,
Outras vivem cheias de medos
Sofrendo alguma agressão...
Mães fúteis presenteiam seus egos materialistas,
Gostam de roupas e marcas caras,
Passam o dia folheando revistas
E comprando jóias raras...
Crianças com tantos brinquedos desnecessários,
Que não precisam de mais nada,
Enquanto uma dorme em quarto milionário,
Outra abraça um papelão numa calçada...
Há aquela de estudo particular,
Que nem de ônibus nunca andou,
Há aquela que mal sabe falar,
Pois a pobrezinha nunca estudou...
Tantos brinquedos que não sabem onde guardarem,
Enquanto algumas não tem nenhum,
Seria tão diferente se os pais ensinarem
Que às vezes é preciso ter apenas um...
Há crianças festejando e dando risada,
Levando a vida na brincadeira,
Há crianças vivendo sem nada
Se alimentando do que encontra na lixeira...
Nem toda criança teve a mesma sorte,
Olhe à sua volta e se incomode,
E ainda que não se importe,
Pelo menos não se acomode...
É tanta indignação,
Parece que ninguém vê,
Criança precisa de atenção,
Precisa ter onde viver!
Eu tenho fé que isso irá mudar,
Jesus está voltando,
O fim irá chegar,
Aos poucos está chegando...
Tenho muita fé, às vezes ela some,
Não dá pra entender,
Por quê enquanto o seu filho come
Há outra criança sem nada pra comer?
Tem criança sendo agredida,
Tem criança passando fome,
Tem criança sendo vendida,
Para enriquecer a ambição do bicho homem...
São crianças também,
Merecem muitos presentinhos,
Necessitam ser vistas como alguém,
Necessitam de carinhos!
"Fiz essa homenagem pensando nas crianças que não podem comemorar o dia 12 de outubro, as crianças que não ganham parabéns e tão pouco presentes...Enquanto seus filhos, sobrinhos, netos, seus primos e vizinhos estão cheios de brinquedos, tem alguém que gostaria de ganhar um abraço, um parabéns, um reconhecimento: as crianças abandonadas! Minha homenagem à elas, afinal, também são crianças..."
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