A excêntrica tia Mame, do filme Auntie Mame (1958), repete uma assertiva que, desde a primeira vez que ouvi, achei de uma medida perfeita e urgente. Embora possa parecer agressiva num primeiro momento, ela é, acima de tudo, provocativa – um convite à reflexão e um apelo ao abandono de uma das maiores ilusões do ser humano: a de que viver e amar tem a ver, fundamentalmente, com sofrer.
A frase é: “A vida é um banquete maravilhoso e a maioria dos idiotas continua morrendo de fome”!
Prefiro acreditar que você não se julgue – pelo menos não o tempo todo – um idiota. Mas certamente, em algum momento, após ter feito algo que rendeu prejuízos, sobretudo a si mesmo, já se sentiu um completo e patético idiota! Até aí, nenhum privilégio.
O problema é quem passa a vida toda se boicotando, afundando-se em reclamações e reforçando a crença medíocre e lamentável do “se”. “Se” tivesse isso ou aquilo, “se” fosse assim ou assado, “se” conseguisse, “se” conquistasse, enfim, uma interminável lista de impedimentos à própria felicidade. Obstáculos que a pessoa impõe a si mesma por se recusar a enxergar o banquete servido bem diante do seu nariz!
Sei que afirmar que a vida é aquilo que você acredita que ela seja, ou que o melhor está na simplicidade e disponível para quem quiser é cair no lugar comum e, para alguns, beira o pedante, mas é absolutamente surpreendente constatar o quanto essa verdade ainda não foi assimilada, por mais que já tenha sido repetida incontáveis vezes.
Continuamos deixando a desejar quando se trata de sentar-se à mesa do tal banquete e se servir, se esbaldar, se lambuzar! E assim, feito idiota, a maioria continua morrendo de fome! Muitos, inclusive, morrem sem nunca terem se comportado como convidados realmente, como se o melhor da vida fosse reservado somente a alguns, que não eles.
Pois muito bem! Se você está cansado de se sentir deixado de fora da grande festa, sugiro que comece a se comportar, a partir de agora, como o convidado de honra que de fato você é! Mude sua postura, levante os ombros, olhe adiante e se apodere total e completamente do seu direito de estar neste mundo!
E acredite você ou não, as portas da festa da vida irão se abrir, os anfitriões irão te receber com pompas, os garçons irão te servir à vontade e a música vai rolar o tempo todo. Cabe somente a você a decisão de ficar apenas olhando ou, finalmente, fazer como manda muito bem a canção de “As Frenéticas”: “Abra suas asas, solte suas feras, caia na gandaia, entre nessa festa!” até descobrir, com todos os poros de seu corpo, que sorrir, amar, viver e ser feliz é muito mais uma questão de escolha individual do que de condições externas!
Fonte: msn
Nenhum comentário:
Postar um comentário